terça-feira, 13 de novembro de 2012

CONSCIÊNCIA NEGRA


                                           

O dia 20 de novembro é dedicado à “consciência negra”, iniciativa que visa estimular e fortalecer a consciência da identidade própria racial e cultural dos negros no Brasil.

A iniciativa já seria válida pelo número de pessoas que se sentem envolvidas nesta questão. Não é fácil ter estatísticas precisas, justamente numa realidade que está em plena mutação, em boa parte, exatamente, pelo processo em andamento, de identificação racial e cultural.

Mas dá para afirmar que, aproximadamente a metade da população brasileira se assume como possuindo componentes importantes ligados à negritude.

Comparando com dados recolhidos nos sensos anteriores, percebe-se claramente que aumentou muito o contingente de brasileiros que se assumem como negros.

Isto demonstra que a iniciativa de promover a “consciência negra” vem dando bons resultados, sobretudo em termos de superação de preconceitos que a população ainda carrega, seja em referência aos negros, seja também de negros que acabam, de alguma maneira, introjetando o preconceito dentro de si próprios.

O fato é que permanece muito difícil a superação de preconceitos longamente implantados ao longo da história, com o apoio da organização econômica e social, que traduzia o preconceito em medidas de opressão e de exclusão social, econômica e cultural.

A dificuldade em remover a carga de preconceitos que pesam sobre a população negra do Brasil, que ainda carrega as consequências do regime de escravidão, justifica as políticas públicas, que visam acelerar o processo de equiparação completa entre todos os cidadãos brasileiros, independente de raça ou de outros critérios.

Entre estas políticas, está o “sistema de quotas”, que visa garantir uma crescente participação de negros nos cursos universitários. Este sistema encontra uma primeira justificativa diante da grande disparidade existente nas universidades, onde a participação de negros é flagrantemente desproporcional.

Alguns ponderam que este sistema, que pretende superar a discriminação, traz em sim mesmo um viés discriminatório, na medida em que reforçaria o que se quer superar, isto é, ter a raça como referência para políticas públicas.

Acontece que a conveniência destas iniciativas tem presente a realidade concreta, constatada pelas estatísticas, de uma disparidade que, se continuada, perenizaria a desigualdade ora existente. 

Mas também é verdade, que se pretendemos que estas políticas sejam eficazes, precisamos admitir que devem ser provisórias. Pois em perspectiva, se elas conseguem o efeito pretendido, levarão a uma situação em que o ideal será a perfeita igualdade de oportunidades, que todos poderiam ter, sem a ajuda de quotas ou de outras medidas que podem valer agora, mas carregam consigo a marca da caducidade.

Bom seria se o Brasil pudesse, de fato, dar ao mundo o precioso testemunho de uma sociedade igualitária, em perfeita convivência de raças diferentes, que prescindirão sempre mais de regulamentação legal para se relacionarem no respeito mútuo e no diálogo fraterno.
    
                                                                                                                        Dom Demétrio Valentini
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Regional Sul 1 realiza Encontro de formação da CF-2013


Com o tema “Fraternidade e Juventude” e Lema: “Eis me aqui, envia-me!” (Is 6, 8) aconteceu nos dias 26 27 e 28 de outubro, em Itaici, Indaiatuba (SP), o Encontro de Formação da CF-2013 que contou com 250 representantes diocesanos entre jovens e coordenadores diocesanos da CF. Estiveram representadas 36 das 41 dioceses do regional Sul 1.
 
Com experiências trazidas das diferentes regiões do Estado e são Paulo e em harmonia com nossa Igreja, Francisco Catão trouxe para o debate os 50 anos do Concílio Vaticano II na perspectiva da juventude. Falou com o coração e emocionou a todos os presentes com seu conhecimento e simplicidade de quem viveu e vive o concílio. Ainda na sexta a noite professor Osmar Cavaca falou sobre Ano da Fé e seu desenvolvimento, associando-o ao tema da CF 2013.
Toninho Evangelista - Secretário executivo da CF
Regional Sul 1 - CNBB 
 
Para o sábado foi reservado o estudo do Texto-base e pela manhã monsenhor Pe Jamil de Souza apresentou os aspectos do VER, seguindo pelo JULGAR que foi apresentado pelo Pe. Antonio Carlos Frizzo, coordenador regional da CF no regional Sul I.
No inicio da tarde Edson Silva representante do SPI motivou os presentes para o AGIR, que foi proposto com o desenvolvimento de 15 oficinas com temas que possibilitavam o agir no aspecto social, eclesial e pessoal.
As oficinas possibilitaram ouvir e partilhar experiências entre todos os presentes.
No domingo de manhã, padre André Cunha de Figueiredo Torres, motivou não só os jovens que estavam presentes, mas a todos os representantes para participarem de alguma forma da Jornada Mundial da Juventude e afirmou que a CF 2013 é um importante momento da Igreja do Brasil e que pode ser um diferencial para o mundo se todos se envolverem com a Jornada Mundial.