A desigualdade da renda do trabalho no Brasil, medida pelo Índice de Gini, teve queda de quase 7% entre o quarto trimestre de 2002 e o primeiro trimestre de 2008, mostra levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República.
O Índice de Gini entre os assalariados no Brasil passou de 0,538 no segundo trimestre de 2002 para 0,503 no quarto trimestre de 2007. A melhora, segundo o Ipea, se deu porque a recuperação da renda dos mais pobres foi quase cinco vezes maior que a recuperação da renda dos mais ricos.
Em 2005, enquanto a renda média da população subiu 1,6% em relação ao ano anterior, a renda dos 10% mais pobres subiu 7,5%, enquanto a renda do segundo grupo de 10% da população (da menor para a maior renda) subiu 6,5%. Já a renda dos 10% mais ricos subiu apenas 0,9%.
Situação similar aconteceu em 2007, quando a renda média teve alta de 3,2%. Já os 10% mais pobres tiveram ganhos de 9,4%, assim como o segundo grupo. Já os 10% mais ricos viram sua renda aumentar 2,6%.
Outro dado que mostra a redução da desigualdade é que, segundo o estudo, em 2003 a renda dos 10% mais ricos era 27,3 vezes maior que os 10% mais pobres. Em 2007, essa relação foi para 23,5, uma queda de 13,9%.
O índice de Gini mede a desigualdade de um país e varia de 0 a 1; quanto mais perto de 1, maior a desigualdade; quando mais perto de zero, menor a desigualdade. Apesar do avanço, o Brasil precisa melhorar muito. "Enquanto não chegar a 0,45, isso significa que ainda estamos na desigualdade extrema", afirmou o presidente do Ipea, Márcio Pochmann.
Segundo ele, a previsão é de que o Índice chegue a 0,496 em 2009 e a 0,490 em 2010.
Programas sociais
Segundo Pochmann, a redução da desigualdade se deve aos programas de transferência de renda e ao salário mínimo. "O Brasil está diante de um cenário que aponta para a redução da desigualdade, mas ainda precisa aplicar outras medidas para manter a tendência", disse Pochmann, que mencionou como exemplo as políticas tributárias progressivas.
Sobre o projeto de reforma tributária em discussão no Congresso, ele disse que "é um avanço, mas ainda é tímido em relação à justiça tributária".
Participação no PIB
O Ipea destaca que a elevação da participação da renda do trabalho no Produto Interno Bruto (PIB) não foi suficiente para compensar as perdas dos anos 1990, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Os trabalhadores perderam participação em favor do capital, piorando o quadro já alarmante de péssima distribuição de renda e pouco valor dado ao trabalho no País", diz o instituto.
O Ipea fez a comparação trimestral entre 2002 e 2008 por décimos da população, ou seja, valores de renda desde os 10% mais pobres até os 10% mais ricos. O levantamento foi feito a partir dos dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE.
fonte:http://www.vaccarezza.com.br/noticias_exibir.asp?noticia_id=2557
O Índice de Gini entre os assalariados no Brasil passou de 0,538 no segundo trimestre de 2002 para 0,503 no quarto trimestre de 2007. A melhora, segundo o Ipea, se deu porque a recuperação da renda dos mais pobres foi quase cinco vezes maior que a recuperação da renda dos mais ricos.
Em 2005, enquanto a renda média da população subiu 1,6% em relação ao ano anterior, a renda dos 10% mais pobres subiu 7,5%, enquanto a renda do segundo grupo de 10% da população (da menor para a maior renda) subiu 6,5%. Já a renda dos 10% mais ricos subiu apenas 0,9%.
Situação similar aconteceu em 2007, quando a renda média teve alta de 3,2%. Já os 10% mais pobres tiveram ganhos de 9,4%, assim como o segundo grupo. Já os 10% mais ricos viram sua renda aumentar 2,6%.
Outro dado que mostra a redução da desigualdade é que, segundo o estudo, em 2003 a renda dos 10% mais ricos era 27,3 vezes maior que os 10% mais pobres. Em 2007, essa relação foi para 23,5, uma queda de 13,9%.
O índice de Gini mede a desigualdade de um país e varia de 0 a 1; quanto mais perto de 1, maior a desigualdade; quando mais perto de zero, menor a desigualdade. Apesar do avanço, o Brasil precisa melhorar muito. "Enquanto não chegar a 0,45, isso significa que ainda estamos na desigualdade extrema", afirmou o presidente do Ipea, Márcio Pochmann.
Segundo ele, a previsão é de que o Índice chegue a 0,496 em 2009 e a 0,490 em 2010.
Programas sociais
Segundo Pochmann, a redução da desigualdade se deve aos programas de transferência de renda e ao salário mínimo. "O Brasil está diante de um cenário que aponta para a redução da desigualdade, mas ainda precisa aplicar outras medidas para manter a tendência", disse Pochmann, que mencionou como exemplo as políticas tributárias progressivas.
Sobre o projeto de reforma tributária em discussão no Congresso, ele disse que "é um avanço, mas ainda é tímido em relação à justiça tributária".
Participação no PIB
O Ipea destaca que a elevação da participação da renda do trabalho no Produto Interno Bruto (PIB) não foi suficiente para compensar as perdas dos anos 1990, durante o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso. "Os trabalhadores perderam participação em favor do capital, piorando o quadro já alarmante de péssima distribuição de renda e pouco valor dado ao trabalho no País", diz o instituto.
O Ipea fez a comparação trimestral entre 2002 e 2008 por décimos da população, ou seja, valores de renda desde os 10% mais pobres até os 10% mais ricos. O levantamento foi feito a partir dos dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego) do IBGE.
fonte:http://www.vaccarezza.com.br/noticias_exibir.asp?noticia_id=2557
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